árvore da Lagoa, com a Árvore do Bradesco ao fundo

Todo ano temos a árvore de Natal do Bradesco boiando qual Vitória Régia protusa no espelho d´água da Lagoa. Este vegetal de grande porte viceja com ímpeto celerado nos dezembros do Rio. A população da cidade (e de outras cidades) acorre ávida de presenciar miraculoso desabrochar. As luzes que emanam de seus galhos (não tem galhos!) iluminam as noites do entorno da cultivada lagoa. Tem gente que não gosta. Os moradores da área, metidos pra cacete, alinhavam discurso cretino argumentando pela necessidade de outros bairros saborearem o prazer de hospedar o arbóreo natalino. Puro elitismo descarado. Os bacanas só querem é diminuir o estímulo para que alienígenas se aventurem do lado de cá do Rebouças.

O projeto de marketing do Bradesco deu certo. A Árvore é uma marca do mês do Natal. Esse ano, entretanto, o Itaú botou água no chope do Bradescão. Suas bicicletas amarelinhas tomaram conta da Zona Sul. Acho que o Bradesco devia retaliar, levando a árvore para a baía de Guanabara ou, melhor, para o piscinão de Ramos, onde os passantes da Av. Brasil poderíam se deleitar com sua apreciação. Ia bombar.

Essas correntes religiosas me adoram…

Recebi outra corrente. Essa traz uma medalha mas não diz que é milagrosa. Agora, é a Corrente de Orações do Sagrado Coração de Jesus! Uau! O material é cheio de fé, orações, preces, missas, devoção e… pedido de contribuições. Não entendo bem do assunto. É um tal de incitar o povo pra rezar uns pelos outros. Se você cumprir alguns rituais dá direito a ter seu nome inscrito eternamente no Coração de Jesus. Você pode também ter missas celebradas em sua intenção, cujas preces serão dirigidas para você. Parece que a ideia é criar uma corrente de orações, as pessoas rezando uma pelas outras. Acho isso pouco produtivo, mas cada um usa seu tempo como quiser e acredita no que bem lhe entender. Mas, então, o cara pede dinheiro. Continue lendo “Essas correntes religiosas me adoram…”

O Verdadeiro Espírito de Natal

Nesta época do ano, proliferam mensagens de correio eletrônico instando os destinatários a abrirem seus corações, amarem os mais próximos (amar o próximo é mais difícil), suas famílias e vai por aí… Fala-se também de “abrir a mão”, ser financeiramente generoso, comprando presentes para seus entes queridos e amigos amigáveis. Cumprir estas missões é fácil. Se houver dindim no bolso, comprar presente é um prazer. Criar crédito no coração alheio é um investimento social recomendado.

Mas é este o verdadeiro espírito de Natal? Eu quero ver é você desejar saúde e fortuna para aqueles que te encheram o saco durante todo o ano. E não falo do saco de presentes de Natal. Continue lendo “O Verdadeiro Espírito de Natal”

A Fé Cega?: Deus – Um Delírio

Esbarrei no documentário do cientista britânico Richard Dawkins quando zapeava pela TV por cabo. Muito bom. É um resumo em modelo televisivo do seu livro Deus – Um Delírio. Como sou ateu, fico arrepiado de ver as ações e depoimentos dos líderes religiosos mostrados por Dawkins. Imagino como são as reações do espectador que segue alguma das diversas religiões disponíveis. Dawkins deve parecer blasfemo, criminoso, provocador, alguém que merece pagar pela ousadia sendo torturado e morto. Ih!? Estou comprovando tudo que Dawkins diz dos perigos do fanatismo religioso. Continue lendo “A Fé Cega?: Deus – Um Delírio”

Lidia Brondi na Playboy

Lidia Brondi havia sumido. O nome sonoro me lembrava de alguma atriz da Globo, mas eu não sabia que apito ela tocava. Uma reportagem do Caderno de TV de O Globo esclareceu o mistério. Tal qual um mágico biscoito madeleine, resgatou a imagem da bela atriz que saiu de cena há um bom tempo. Ela está hoje quieta e casada com o ator Cássio Gabus Mendes. Depois da memória desatada, detalhes sobre a moça foram chegando. Lidia Brondi marcou os adolescentes e os nem tanto pela sua performance surpreendente nas páginas de uma edição de Playboy de 1987. Naquela época, de repente, a moça recatada aceitou o desafio (e, é claro, o cachê) e fez ousado ensaio fotográfico na revista masculina. As maravilhas da internet nos permitem ter acesso às fotos do ensaio. Continue lendo “Lidia Brondi na Playboy”

Aldir e o Barraco de Sorocaba

O texto que saiu hoje em O Globo, do grande compositor Aldir Blanc é meio embaralhado. Ele parece que está escrevendo sua diatribe (Polemikos também é vocabulário!) transbordante sobre o sempre criticável estado das coisas. Aldir deambula pelos assuntos metendo o pau, como se dizia, nos sinais aparentes de que a sociedade é uma merda e piora a cada dia. Acho que Aldir estava num dia de mau humor. Ele atira em Pimenta das Neves, bom alvo, ícone da impunidade nacional, que não devemos deixar ser esquecido. Mas comenta também um caso que eu, pouco antenado, deixara passar. Trata-se do Barraco de Sorocaba. Nas palavras de Aldir:

“O tal barraco envolveu uma fogosa mulher, um sujeito parecido com a caricatura malévola de um jegue na caatinga, só que de óculos escuros, e a esposa traída que escancarou a sujeira na janela virtual.”

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