fui numa formatura na PUC-RJ

Faz tempo não ia num evento como esse. As festas de formatura continuam parecidas. Esta era de Engenharia de Produção. Os filhos que formam e os pais que participam solidários desse rito de passagem, exibem sensação que é mistura de conquista com fim de um sofrimento. Um aluno, ao ser chamado para receber o diploma, colocou como música de fundo o clássico: Aleluia! Aleluia! Bom poder de síntese. O paraninfo fez um discurso estranho, que não entendi. Ele citou bastante as redes sociais. Não sei onde queria chegar. A platéia parecia entretida em se livrar de ir à aula na faculdade. Chamou atenção a amostra dos formandos, era composta em sua metade por meninas. A maioria feminina, antes vista como minoria, está pau a pau com os meninos numa área de elite como a Engenharia de Produção. Fiquei impressionado como as brasileiras estão louras. Nota-se que uma questão tecnológica foi bem resolvida: a chapinha (atualizando: escova progressiva) garantiu a todas cabelos lisos e sedosos. Os sobrenomes dos formandos brasileiros exibiam muitas consoantes e poucas vogais. A festa, como dizíamos na minha geração, foi careta. Não havia indignação com nada. Nada da rebeldia da juventude. Todos estavam satisfeitos por entrar para o mercado efervescente do Brasil de hoje. Uma característica da amostra de cerca de 50 novos engenheiros: não havia um só negro!.

Cavist (ex-Expand Ipanema)

Rua Barão de Torre, 358. tel 2123-7900. Mapa.

Está com novo nome, este restaurante e casa de vinhos da Praça Nossa Senhora da Paz: Cavist. É lugar agradável para beber vinho e comer alguma coisa. A escolha da bebida é feita na loja dos fundos da casa. Bem fornida, com apoio dos especialistas da Expand, pode-se selecionar o que vai para a mesa. Recomendo acompanhar o vinho com um prato de queijos ou o simpático grama padano com mel. A polenta com queijo brie também ocupa bem o estômago para acompanhar o vinho. Tenho o hábito de fechar com um dos risotos da casa. Foi inaugurada a varanda em cima. O salão da frente está um pouco barulhento, menos pela acústica, mais pela nossa falta de educação, que leva as conversas das mesas acontecerem como grandes pelejas verbais. À saída, é uma curiosidade apreciar as exóticas meninas da Baronneti chegando para a night. Os vestidos estrangulando-as, subindo pelas cochas a cada passo que dão, exigindo um contínuo exercício de abaixá-los. Umas peças!

Cabral e o jatinho do Eike

Eu aprovo o bom gosto do governador Sergio Cabral pelas coisas boas da vida. Por que ele havia de ser modesto? Se está na beirada do poder, tem que ostentar, exibir as vantagens que adquiriu através do voto popular. A coluna de Ricardo Noblat, em O Globo de hoje, mostra sua desenvoltura em gastar o equivalente a R$600 mil em viagens no jatinho do Eike. O Cabral é usuário frequente do avião do zilionário. Se Eike tem bom coração e gosta de lhe fazer mimos sem cobrar vantagens em negócios com o governo do Rio de Janeiro, por que ele havia de recusar? Vamos gastar o dinheiro de Eike Batista. Criar uma relação de trocas de favores com Eike é bom para Cabral e bom para o Estado do Rio de Janeiro. Quanto mais carícias trocarem, mais íntimos ficarão e poderão praticar ações em favor de nós cariocas. Tá bom que 600 mil reais permitiriam construir escolas, pagar melhor professores e bombeiros, mas isso é puro proselitismo. O que importa mesmo, e Cabral parece saber e praticar isso com afinco, é dar o melhor para nossa família e amigos. O luxo é uma delícia. Por que ficar no Rio de férias quando se pode ir para Bahamas, Paris ou Londres. Estou com Cabral. Discutam a ética à vontade, mas desde que não me tirem da vida de milionário. Infelizmente ainda não conquistei a desejada vida nababesca que nossos governantes usufruem.

Quem vale mais: Google ou Facebook?

Os sites vivem principalmente da propaganda que aparece insidiosamente na lateral direita da tela. É ali que os anúncios pagos são exibidos e rendem bilhões de dólares por ano para os sites de busca, correio, vídeos, redes sociais etc. O jornal O Globo de 29.06.11 publicou informação interessante para sabermos quem vale mais, Google ou Facebook? O Google é acessado por mais pessoas (ainda!). Em maio de 2011, foram 180 milhões de acessos para o Google contra 157 milhões do Facebook. Entretanto, as pessoas ficam mais tempo e acessam mais páginas nos sites de rede social. Os usuários do Facebook visitaram 103 bilhões de páginas e ficaram 375 minutos no site. Já o pessoal do Google visitou somente 47 bilhões de páginas e ficaram 231 minutos no site. Assim, os usuários do Facebook ficam mais tempo expostos aos anúncios publicados na rede social. Não sei se o tipo de usuário e o tipo de acesso influem em quanto o anúncio vai ser eficiente, mas o indicador de tempo de visibilidade do anúncio é relevante. E continua a briga de cachorros grandes.