Café Sorelle

Rua Capitão Salomão 14 – Humaita

Fica na Capitão Salomão, a rua que começa em frente à Cobal da Voluntários. É ponto importante para o pessoal do bairro e oriundos de outras terras que vêm em busca do bom café e produtos de chocolate. O brownie é para ser respeitado. Seguindo recomendação da Agenda Carioca, provei o bolo de laranja, que correspondeu muito bem. O café da manhã do lugar já tem aficcionados que espalham a fama da casa com moderação. O Café Sorelle é pra passar e tomar um espresso ou comprar para levar pra casa. Pratiquem.

Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras [Sherlock Holmes: A Game of Shadows] 2011, Guy Ritchie

Fraquinho. O personagem está bombado. Ao incrível intelecto dedutivo do personagem criado por Conan Doyle, acrescentaram-se grande capacidade física e um quê de previsão de futuro, que transformaram o moderno Sherlock Holmes em um típico super-herói. Os menos conhecedores do personagem original, vão achar que Sherlock Holmes é uma cópia do médico House, dos seriados de TV (!). Mas quem vai ver a franquia Sherlock Holmes espera por histórias desse tipo. O ritmo frenético, as piadas geradas pela relação entre Holmes e seu amigo Watson, vão segurando a história. O arqui-inimigo (super-herói tem que ter um arqui-inimigo) Professor Moriarty funciona bem. O irmão de Holmes, incluído no grupo, não acrescenta muito ao quadro geral da história. A fotografia escura faz parte do da programação visual da época. A afetação dos atores Robert Downey Jr. e Jude Law é adequada para as brincadeiras do 007 da antiga Londres, se bem que os aventureiros viajam bastante durante a história. O resultado final é um filme sem compromisso para passar o tempo no final de tarde ou para assistir no futuro na TV paga. Elementar!

árvore da Lagoa, com a Árvore do Bradesco ao fundo

Todo ano temos a árvore de Natal do Bradesco boiando qual Vitória Régia protusa no espelho d´água da Lagoa. Este vegetal de grande porte viceja com ímpeto celerado nos dezembros do Rio. A população da cidade (e de outras cidades) acorre ávida de presenciar miraculoso desabrochar. As luzes que emanam de seus galhos (não tem galhos!) iluminam as noites do entorno da cultivada lagoa. Tem gente que não gosta. Os moradores da área, metidos pra cacete, alinhavam discurso cretino argumentando pela necessidade de outros bairros saborearem o prazer de hospedar o arbóreo natalino. Puro elitismo descarado. Os bacanas só querem é diminuir o estímulo para que alienígenas se aventurem do lado de cá do Rebouças.

O projeto de marketing do Bradesco deu certo. A Árvore é uma marca do mês do Natal. Esse ano, entretanto, o Itaú botou água no chope do Bradescão. Suas bicicletas amarelinhas tomaram conta da Zona Sul. Acho que o Bradesco devia retaliar, levando a árvore para a baía de Guanabara ou, melhor, para o piscinão de Ramos, onde os passantes da Av. Brasil poderíam se deleitar com sua apreciação. Ia bombar.

Novo ano, como sempre

Vou de copista de João Ubaldo, de sua crônica em O Globo de 01.01.12:

“O mundo é perfeito, não é como a gente quer. Já pensou se fosse como cada um quer? E, tudo bem pesado, a graça da vida é isso, nada é certo, tudo pode acontecer, o que parece que é no outro dia não é. Grande verdade, pelo menos não percamos a graça da vida.”

Assim, não nos furtemos de desejar: Feliz 2012.